Encontrar alguém, se apaixonar por este alguém... o “cara” certo. Aquele que vai fazer nossos olhos brilhar ao encontrá-lo, o coração palpitar aceleradamente, a ansiedade tomar conta de todo nosso corpo; aquele que vai ser capaz de nos tirar do eixo e nos levar às nuvens. E neste caminho árduo e por muitas vezes, longo, em que percorremos desesperadamente para encontrá-lo, o que nem sempre acontece, que criamos a arena das expectativas. “Ele vai ser romântico, bonito, educado, inteligente, sincero, amigo e amante, enfim... queremos que ele seja tudo e mais um pouco”.
A partir daí até o momento em que realmente começamos a reconhecer esse “cara” completamente, eis que surgem os encontros e desencontros.
O momento “pavão” – exibição do que temos de melhor e mais atraente – passa e vêm a espontaneidade e autenticidade nos atos que acaba por demonstrar certas imperfeições e defeitos. Não que as pessoas sejam falsas e que no início escondem quem realmente são, até porque aquele ditado que diz: “no início tudo são flores” não é regra e não pode ser visto com tal. Mas a empolgação pelo o que é novo se faz evidente, e quando queremos conquistar alguém tendemos a ser como “um pavão”, nos alinhamos, o quanto possível, ao outro. Afinal, a ideia é fazer com que o outro não tenha olhos para mais nada, nem ninguém. O que é bom, pois é nessa conquista simultânea que nasce o amor.
E o desencontro acontece entre expectativa e realidade, que se faz mais nítida conforme o passar do tempo, e termina por nos decepcionar. Mas será que o problema não esta em esperar demais do outro... Que o outro seja perfeito?! Que corresponda sempre e sempre as nossas expectativas?!
Primeiramente, vejamos se não é no início do caminho que erramos, pois nos encantamos facilmente com o outro, ou por carência aguda, ou por ingenuidade e falta de percepção, e ao cair em nossa própria armadilha, acreditamos ter finalmente encontrado o “cara” certo.
Senão, tente perceber em que momento houve o desencontro. Não exija demais, nem de você e muito menos do outro. O amor “concreto” não gira em torno de fantasias e mais fantasias. Ele precisa ser pautado na sinceridade, compreensão e racionalidade de ambas as partes, para “se enraizar e gerar bons frutos”.
E se a constatação do problema está no exagero da exibição no momento “conquista”, tentemos mudar. O grande lance está em sermos quem verdadeiramente somos e encontrar alguém que se encante por essa realidade. A sintonia é bem maior quando cada um sabe reconhecer suas qualidades e defeitos.
Thamy
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